A deficiência na visão de cores

  • A deficiência na visão de cores

    A deficiência na visão de cores aumenta significativamente com o envelhecimento, afetando metade ou mais das pessoas nos grupos etários mais avançados, de acordo com um estudo recente. Poucas pessoas abaixo dos 70 anos têm problemas com a visão de cor, a prevalência aumenta rapidamente nas décadas mais tardias da vida, de acordo com pesquisa publicada por Marilyn E Schneck PhD do Smith-Kettlewell Eye Research Institute, San Francisco, EUA.

    No estudo, os pesquisadores administraram testes de visão de cor para uma amostra aleatória de 865 adultos na faixa etária de 58 a 102 anos. Foram excluídos aqueles com qualquer tipo de defeito congênito da visão de cores ou com anormalidades de visão de cor avaliadas em diferentes grupos etários. No geral, 40 % dos participantes tiveram resultados anormais em um dos dois tipos de testes utilizados no estudo. Vinte por cento falhou em ambos os testes. A deficiencia foi significativamente maior nos grupos etários mais avançados.

    Embora anormalidades de visão de cores sejam incomuns em pessoas abaixo dos 70 anos, estavam presentes em cerca de 45 % das pessoas na faixa dos 70 anos, acima de 50 % aos 85 anos ou mais velhos e em quase dois terços das pessoas aos 90 anos. Quase 80 % das anomalias envolvia confusão dos tons mais claros (pastel) de azul versus roxo e amarelo contra o verde e amarelo-verde.

    Os resultados confirmam estudos anteriores mostrando que a visão de cores se deteriora com o envelhecimento, embora anormalidades mais sutis na visão de cores relacionadas ao envelhecimento possam passar despercebidas. Os pesquisadores observaram que quase 20 % dos adultos mais velhos falharam no mais fácil dos dois testes, que “visa apenas detectar defeitos suficientemente graves para afetar o desempenho na vida diária”.

    Segundo a Dra. Schneck “estes indivíduos teriam problemas para realizar algumas tarefas que dependem da visão de cores”. Em termos de medidas que podem ser tomadas para potencialmente neutralizar a perda da discriminação de cor em idosos:

    * É importante orientar os pacientes sobre a necessidade de maior iluminação em casa. Iluminação que não ofusque.

    * Aumentar a consciência do problema.

    Ela acrescentou que a condição de iluminação melhorada também ajudará a reduzir o risco de quedas, que são uma das fontes mais comuns de acidente em casa para este grupo de população.

    “Nós sabemos que as doenças mais comumente relacionadas ao envelhecimento do olho tais como catarata, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética são todas associadas a defeitos de cor azul-amarelo, na fase  inicial. Estas doenças também afetam a sensibilidade ao contraste, um aspecto muito importante da visão que torna difícil ver as bordas das escadas, freios e assim por diante, o que aumentaria o risco de quedas,” concluiu a Dra. Schneck.

    Fonte: Eurotimes

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