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- 05 maio 2014
Inúmeros fatores influenciam a decisão de um cirurgião usar ou não um procedimento combinado, com o tratamento do ceratocone e crosslinking de córnea aprovado em diversas partes do mundo.
Crosslinking de colágeno da córnea foi adotado por médicos em todo o mundo como um tratamento de primeira linha para conter a progressão do ceratocone, entretanto, seu presumido sinergismo com outras modalidades de tratamento ainda esta por ser aprovado, disse David Touboul MD, CHU de Bordeaux, França.
Algumas combinações agora em uso incluem segmentos de anel intracorneanos mais cross-linking, PRK (laser) mais cross-linking, e segmentos de anel intracorneano mais PRK (laser) mais cross-linking. Ceratoplastia com Microndas é outra tecnologia emergente que pode ser útil em combinações com colageno cross-linking no tratamento de ceratocone. Embora estes procedimentos combinados são propensos a trabalhar em sinergia, continua a ser difícil avaliar o impacto de cada componente de tratamento combinados por causa de suas confusas interações intrínsecas.
Entre os fatores de confusão estão aqueles que afetam o curso do ceratocone, tais como a estabilização que ocorre com a idade, a presença ou ausência de atopia (processo alérgico) e a sua fricção do olho associada a flutuação do filme lacrimal e remodelação epitélio.
Alem disso, todos procedimentos para ceratocone podem conduzir a uma estabilização da córnea e uma melhoria de refração. Segmentos de anel intracorneano induzem a uma redistribuição do stress que achata a córnea e reduz a curvatura irregular, fazendo com que o olho mais suscetível ao tratamento com lentes de contato. Colageno cross-linking serve principalmente para endurecer o tecido da córnea, e assim travar a progressão do ceratocone.
Existem inúmeros fatores que podem influenciar a decisão de um cirurgião de usar ou não um procedimento combinado em um paciente com ceratocone. Eles incluem a tolerância do paciente a lente de contato rígidas, o grau de ametropia, a gravidade do ceratocone e a espessura da córnea.
No entanto, os estudos publicados ainda não estabelecem quanto que cada tratamento acrescenta para o outro usando as combinações. O que também continua a ser determinado é se o colágeno cross-linking e a inserção do segmento de anel intracorneano, embora seguros por si próprios, são seguros quando utilizados em combinação. Dr Touboul observou que, em um estudo inédito que ele e seus companheiros realizaram envolvendo 34 olhos submetidos a inserção de segmento de anel intracorneano e colágeno cross-linking, simultaneamente, sem correção e visão melhor corrigida melhorou de uma media de três linhas. Alem disso, o valor máximo ceratometria diminuiu em media 4,0 D.
Não houveram casos de problemas epiteliais e não houve alteração na contagem de células endoteliais. Quando vistas através de microscopia a resposta de cura do estroma da córnea foi idêntica a dos que fizeram colagen cross-linking apenas. No entanto houveram extrusões dos segmentos de anel de 3 a 12 meses pós-operatorio em dois olhos. Dr Tauboul nota que a realição de implante de anel intracorneano e colágeno cross-linking no mesmo dia tem a vantagem de envolver o paciente em apenas uma cirurgia. Logicamente reservado apenas para casos previsíveis ou altamente progressivos. Em casos mais difíceis a aqueles que já não estão mais progredindo, é melhor primeiro o implante de anel e poucos meses depois executar o cross-linking, se os implantes tem produzido um bom resultado.
Colageno cross-linking também pode ser combinado com PRK, mas literatura sobre as combinações é dispersa e apenas os resultados para 400 olhos foram publicados, dos quais 325 foram de um estudo feito por John Kannelopoulos MD em Atenas. Os resultados do estudo são encorajadores, embora alguns pacientes não terem tido reduções significativas em suas aberrações de ordem superior, disse Dr. Touboul.
Tambem sob investigação são os procedimentos triplos que combinam segmentos de anel intracorneanos , PRK e colágeno cross-linking. Um recente estudo envolveu 45 olhos e 40 pacientes. Simultaneamente PRK e cross-linking um minimo de seis meses após a inserção segmento do anel intracorneano resultou em uma melhora significativa tanto na visão corrigida e não corrigida. Além disso nenhum paciente perdeu linhas de acuidade visual para longe. Em 11,1 por cento dos olhos ligeira nevoa persistente aos 12 meses após tratamento.
Keraflex (Avedra) é uma adição recente ao arsenal dos cirurgiões de refração que também pode ser útil no tratamento do ceratocone. È um processo que envolve a utilização de energia de micro-ondas para causar uma diminuição na área anelar paraxial da córnea, produzindo um achatamento central na córnea e após uso do crosslink.
Temos acompanhado os recentes estudos em todo o mundo para o tratamento do ceratocone e sua diferentes técnicas cirúrgicas empregadas, o exame da face posterior da córnea nos evidencia casos de cone ainda sem manifestação nos exames antes utilizados.
Assim a disponibilidade dessa tecnologia poderemos antever alguns casos e tratá-los, com o crosslink, antes do aparecimento nos exames ou dos sintomas clínicos do ceratocone.
Nosso serviço está equipado com aparelho de tecnologia Suiça, Galilei, e o exame é indicado também em crianças filhos de portadores de ceratocone, crianças com “Sindrome de Down”, com sintomas de insatisfação visual com os óculos, etc.